23 de ago. de 2009

Atlético-PR inaugura novo anél da Arena e bate o São Paulo

Não foi desta vez que o São Paulo quebrou o jejum de vitórias sobre o Atlético-PR na Arena da Baixada. Na tarde deste domingo, a equipe paulista perdeu por 1 a 0 para o rival paranaense, em partida válida pela 21.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o São Paulo continua com 36 pontos, mas cai para a terceira colocação, já que o Goiás chegou aos 38 pontos ao vencer o Santos por 2 a 1, no Serra Dourada. Já o Atlético-PR agora soma 27 pontos e continua numa posição intermediária.

O resultado ruim também acabou com a sequência de sete vitórias do São Paulo que, assim, perde a chance de igualar o recorde do Cruzeiro, de oito vitórias em 2003. Além disso, o time tricolor, que não perdia há nove jogos, não consegue encostar novamente no líder Palmeiras, o que poderia lhe dar a liderança com uma vitória no clássico do próximo domingo, no Morumbi. Hoje, a diferença é de quatro pontos. A história é cruel com o São Paulo na Arena da Baixada. A equipe paulista nunca venceu. Foram 11 oportunidades, com apenas quatro empates e sete derrotas, sendo uma delas nas quartas de final do Brasileirão de 2001, vencido pelo Atlético-PR.

Se a história na Arena não é das melhores, as sete vitórias consecutivas colocavam o São Paulo numa boa posição para pleitear a vitória, mas o Atlético-PR, sob o comando de Antônio Lopes, é um clube mais aguerrido e que agora soma cinco vitórias em seis jogos. E, empolgado sob o novo comando, o time paranaense pressionou o São Paulo em boa parte da primeira etapa, mas nenhuma chance foi digna de destaque. Rogério Ceni e Galatto foram meros coadjuvantes. O São Paulo, a partir do 32.º minuto, melhorou, adiantou sua marcação e controlou o adversário, mas faltou ousar mais para dar condições para a dupla Washington e Dagoberto concluir em gol. A dupla, inclusive, foi muito bem lembrada pela torcida atleticana, que vaiou os dois - que compuseram o time vice-campeão do Brasileirão de 2004 - do começo ao fim da partida. Dagoberto foi quem mais sofreu pela forma como saiu da equipe, após um longo imbróglio com a diretoria.

Aos poucos, o São Paulo se acomodou no jogo, tendo como certo o empate fora de casa para manter o bom momento na competição, mas Paulo Baier tinha outra ideia. O meia roubou a bola no meio-campo, tocou para Gabriel e invadiu a área para receber o cruzamento e cabecear na saída de Rogério Ceni, aos 42 da segunda etapa. "Eu estou muito feliz nesta nova fase do time. Sou o capitão e tenho moral para fazer o que é melhor", disse o jogador.

O São Paulo tentou o empate através da velha tática de cruzamentos à área. Desta vez, sem sucesso e com o gosto amargo de, mais uma vez, ver o Atlético-PR prevalecer na Arena da Baixada. "Fizemos um bom jogo. Tivemos consistência, mas tivemos um vacilo no final que nos custou muito. Não podemos errar assim", afirmou Miranda.

Agora, o São Paulo se prepara para o clássico diante do Palmeiras no domingo, às 16 horas, no Morumbi, enquanto o Atlético-PR encara o Náutico no sábado, às 18h30, no Recife.

Inauguração na Arena da Baixada

São menos de 130 metros que separam os setores Madre Maria e Buenos Aires. Mas foram quase 10 anos de espera para vê-los unidos. Neste domingo o Atlético abriu o novo setor de sua Arena, a reta Brasílio Itiberê, que mais do que fornecer 3.286 novos lugares à capacidade total, irá unificar o estádio mais moderno do Brasil.

As obras começaram oficialmente no dia 3 de maio daquele ano, quando os tratores iniciaram a retirada de terra de parte do terreno, nivelando com o campo de jogo. No decorrer do ano foram sendo derrubadas as estruturas do antigo colégio e em paralelo o CAP ia preparando o início das obras. Em outubro de 2007, o CAP divulgou o projeto da nova Arena e aí então era só esperar o início das obras.

"O Atlético Paranaense já investiu até hoje cerca de R$ 3,5 milhões só em projetos, para readequar seu projeto da Arena às normas da FIFA atuais. Clube nenhum do Brasil fez. O Atlético sempre com a sua idéia de dar um salto à frente dos outros", avalia o vice-presidente do CAP, Ênio Fornéa.

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