O ano parecia que era todo do Palmeiras. Com uma grande aposta em jovens talentos do Campeonato Brasileiro do ano passado, a equipe fez uma largada espetacular no Campeonato Paulista: em 11 jogos, foram 9 vitórias, 2 empates e nenhuma derrota. Tendo ainda a grande revelação Keirrison como goleador do torneio. Mas então qual é o problema do técnico Vanderlei Luxemburgo na Libertadores?
O elenco está totalmente renovado. E isso é complicado para um técnico. O time campeão do Paulistão 2008, que goleou a Ponte Preta na final por 5x0, tinha: Marcos, Elder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro, Pierre, Léo Lima, Diego Souza e Valdívia; Kléber e Alex Mineiro. Um time com a cara do Luxa, como sempre, muito bom e bem treinado. Hoje, se compararmos, apenas o Marcos, Diego Souza e Pierre continuam na equipe titular. O Palmeiras joga atualmente ora no 3-5-2, ora no 3-6-1. No início do ano, a diereção alviverde apostou em jovens talentos. São os casos dos atacantes Keirrison (ex-Coritiba) e Marquinhos (ex-Vitória); dos meias Cleiton Xavier (ex-Figueirense) e Willians (ex-Vitória); e dos defensores Danilo (ex-Atlético-PR) e Maurício Ramos (ex-Coritiba). Além deles, chegaram os experientes Edmílson (ex-Villareal) e Marcão (ex-Inter).
Mesmo assim, o Palmeiras perdeu as duas partidas que disputou na Taça Libertadores, para a LDU e o Colo-Colo, este no Palestra Itália. Resolvi analisar bem esse plantel palmeirense e concluo que é um time limitado. E o motivo de que esteja jogando bem está no técnico multicampeão Vanderlei Luxemburgo. Ele tem uma filosofia de trabalho diferente dos outros. Todo time treinado pelo Luxa joga bem. Ele consegue extrair um bom futebol dos jogadores que escala. Sem dúvidas é um comandante vencedor. Mas esse plantel do Palmeiras vai se desgastar e isso está começando a acontecer. A aposta em garotos promissores é válida e eu a defendo, mas precísasse de alternativas. Um atacante de força na grande área e dois alas mais técnicos podem ser, acredito eu, instrumentos necessários para o maestro Luxemburgo manter o bom desempenho da equipe.
Foto: Estadão
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